Padre
Cícero Romão Batista
O papa Francisco devolveu no dia 13/12/2015 os
direitos sacerdotais de Padre Cícero Romão Batista. Padre Cícero tem, agora, o
marco zero para sua reconsideração, beatificação e posterior santificação. O
bispo diocesano de Crato, dom Fernando Panico, anunciou esta imensa alegria
para todos os nordestinos.
Enfim, após mais de cem anos de punição, a Igreja
teve a coragem de reconhecer que estava errada e faz justiça ao padre santo do
nordeste. O Vaticano enviou uma carta à Diocese de Crato e aos romeiros de
Juazeiro do Norte, em nome do papa Francisco, reconhecendo a importância de
Padre Cícero para a evangelização: "E inegável que o Padre Cícero Romão
Batista no arco de sua existência viveu uma fé simples, em sintonia com o seu
povo e por isso mesmo desde o início foi compreendido e amado por este mesmo
povo"' destaca trecho da carta do Vaticano.
O processo de reabilitação demorou mais de dez
anos. Foi enviado um dossiê de mais de dez volumes para o Vaticano ainda quando
João Paulo II era papa. Passou São João Paulo II, passou Bento XVI e na era do
papa Francisco o anuncio de jubilo e alegria para todos nós.
Padre Cícero Romão Batista nasceu em Crato, Ceará, aos 24 de março de 1844,
faleceu na cidade de Juazeiro do Norte aos 20 de julho de 1934. Era um homem Carismático,
obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa
do Ceará, devido ao seu estilo de vida simples e a disposição para o serviço
dos pobres.
Era filho de Joaquim Romão Batista e
Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Ainda aos 6 anos, começou
a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma. Um fato importante
marcou a sua infância: o voto de castidade feito aos 12 anos, influenciado pela
leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no colégio do
renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco
demorou, pois a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera em 1862, o
obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs
solteiras. A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias
dificuldades financeiras à família de tal sorte que, mais tarde, em 1865,
quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza,
só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves
Pequeno.
Durante o período em que esteve no
seminário, Cícero era considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois
arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas baixas nas disciplinas
relacionadas à oratória e eloquência.
Cícero foi ordenado padre no dia 30 de
novembro de 1870. Após sua ordenação retornou ao Crato e, enquanto o bispo não
lhe dava paróquia para administrar, ficou a ensinar latim no Colégio Padre
Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José Joaquim Teles Marrocos, seu
primo e grande amigo.
No natal de 1871, convidado pelo professor
Simeão Correia de Macedo, o padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de
Juazeiro (numa fazenda localizada na povoação de Juazeiro, então pertencente à cidade
do Crato), e ali celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, então aos 28 anos,
estatura baixa, pele branca, cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz
modulada, impressionou os habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira.
Por isso, decorridos alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá
estava de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no
Juazeiro.
Muitos livros afirmam que Padre Cícero
resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve,
segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia exaustivo, após ter passado
horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele procurou descansar no quarto
contíguo à sala de aulas da escolinha, onde improvisaram seu alojamento, quando
caiu no sono e a visão que mudaria seu destino se revelou. Ele viu, conforme relataram
aos amigos íntimos, Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, numa
disposição que lembra a última Ceia, de Leonardo da Vinci. De repente,
adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em
pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para
os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto
ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não
se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento,
Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: - E você,
Padre Cícero, tome conta deles!
Uma vez instalado, formado por um pequeno
aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão-padre
Pedro Ribeiro de Carvalho, em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do
lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo
várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis.
Depois, tocado pelo ardente desejo de
conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho
pastoral com pregação, conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha
visto na região. Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes,
passando a exercer grande liderança na comunidade. Paralelamente, agindo com
muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população, acabando
pessoalmente com os excessos de bebedeira e com a prostituição.
Restaurada a harmonia, o povoado
experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo gente da vizinhança
curiosa por conhecer o novo capelão.
Para auxiliá-lo no trabalho pastoral, o
padre Cícero resolveu, a exemplo do que fizera Padre Ibiapina, famoso
missionário nordestino falecido em 1883, recrutar mulheres solteiras e viúvas
para a organização de uma irmandade leiga, formada por beatas, sob sua inteira
autoridade. Atuou sempre com zelo na recepção dos peregrinos, dentre eles
pode-se destacar José Lourenço Gomes da Silva, líder do Caldeirão de Santa Cruz
do Deserto.
No ano de 1889, durante uma
missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à beata Maria
de Araújo se transformou em sangue na boca da beata. Segundo relatos, tal
fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente
espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.
O povoado de Juazeiro do Norte passou a ser alvo de peregrinação,
pois a multidão queria ver a beata e tratava os panos manchados de sangue como
objetos divinos. O jornalista José Marrocos divulgou o fato ocorrido e se
tornou um ardoroso defensor do milagre. A notícia
rapidamente se espalhou para todo o Brasil, principalmente aos ouvidos do bispo
do Rio de Janeiro dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, mais
conhecido como Cardeal Arcoverde primeiro a ser elevado ao título e
dignidade de cardeal na América Latina.
O cardeal Arcoverde enviou cartas ao bispo do Ceará D.
Joaquim José Vieira, que o encarregou de destruir esta notícia de milagre do
sertão do Cariri. Na opinião do Cardeal era apenas uma crendice tola, na sua
cabeça jamais poderia haver um milagre na região, principalmente numa beata
negra e ignorante. Tais cartas, fizeram o bispo do Ceará a chamar o Padre
Cícero a Fortaleza para esclarecer o acontecido.
Depois do relato do Padre
Cícero a diocese do Ceatrá formou uma comissão de padres e profissionais da
área da saúde para investigar o suposto milagre. A comissão tinha como
presidente o padre Clycério da Costa e como secretário o padre Francisco
Ferreira Antero, contava, ainda, com a participação dos médicos Marcos
Rodrigues Madeira e Ildefonso Correia Lima, além do farmacêutico Joaquim
Secundo Chaves. Em 13 de outubro de 1891, a comissão encerrou as pesquisas e
chegou à conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos,
sendo concluído como um milagre.
Insatisfeito com o parecer da
comissão, o bispo do Ceará – só havia uma diocese em todo o Ceará na época - Dom
Joaquim José Vieira nomeou uma nova comissão para investigar o caso, tendo como
presidente o padre Alexandrino de Alencar e como secretário o padre Manoel
Cândido. A segunda comissão concluiu que não houve milagre, mas sim uma mentira.
Dom Joaquim se posicionou
favorável ao segundo parecer e, com base nele, suspendeu as ordens sacerdotais
de padre Cícero e determinou que a beata Maria de Araújo, que viria a morrer em
1914, fosse enclausurada.
Depois de várias tentativas de
convencer o bispo da injusta punição, em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se
reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício,
conseguindo sua absolvição. No entanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano
foi revista e padre Cícero teria sido excomungado, porém, estudos realizados
décadas depois sugerem que a excomunhão não chegou a ser aplicada de fato. O
bispo de então, dom Marcolino escreveu uma carta ao Santo Ofício, pedindo que a
pena fosse convertida em suspensão de ordens. Diante da impossibilidade de
exercer seu ministério sacerdotal e com uma ânsia enorme de servir o povo
nordestino, resolve ingressar no mundo da política, para trazer prosperidade a
sua querida cidade Juazeiro.
Era filiado ao extinto Partido Republicano
Conservador (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911,
quando o povoado foi elevado a cidade. Em 1926 foi eleito deputado federal,
porém não chegou a assumir o cargo. Decidiu nunca sair de Juazeiro e de seu
querido povo. Em 4 de outubro de 1911, o padre Cícero e outros 16 líderes
políticos da região se reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação
mútua bem como o compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira Accioly. O encontro recebeu a alcunha
de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante passagem na
história do coronelismo brasileiro.
Antônio Pinto
Nogueira Accioly foi
presidente do Ceará (hoje governador) e um dos mais influentes políticos do Ceará
durante a República Velha. O oligarca governou o Ceará entre 1896 e 1912 com
apoio do governo federal.
Em 1911, a oligarquia Accioly dava sinais de
declínio e as constantes disputas internas enfraqueciam ainda mais o bloco
coronelista. Então, a 4 de outubro de 1911, líderes políticos de 17 localidades
do Interior cearense se reuniram em Juazeiro para firmar pacto de harmonia
entre si e apoio incondicional a Nogueira Accioly. O chamado "Pacto dos
Coronéis" tinha também como objetivo acabar com a onda de crimes
praticados impunemente na região.
O jornalista e escritor Lira Neto, autor do livro
"Padre Cícero, Poder, Fé e Guerra no Sertão", afirma que, na época,
os coronéis viviam se digladiando entre si. O encontro foi aberto pelo coronel Antônio
Joaquim de Santana, chefe político de Missão Velha que, segundo Lira Neto,
"manejava as cordas da viola tão bem quanto o gatilho da garrucha". A
presidência da sessão foi repassada para o Padre Cícero Romão Batista, então
prefeito de Juazeiro do Norte. Estiveram presentes na reunião e assinaram o
pacto, que foi posteriormente registrado em cartório, os líderes políticos de
Missão Velha, Crato, Juazeiro, Araripe, Jardim, Santana do Cariri, Assaré,
Várzea Alegre, Campos Sales, São Pedro do Cariri (Caririaçu), Aurora, Milagres,
Porteiras, Lavras da Mangabeira, Barbalha, Quixará (Farias Brito) e Brejo
Santo.
Em 1913, foi destituído do cargo pelo
governador Marcos Franco Rabelo, voltando ao poder em 1914, quando Franco
Rabelo foi deposto no evento que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro.
A Revolta
ou Sedição de Juazeiro foi um
confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearenses e o governo federal
provocado pela interferência do poder central na política estadual nas
primeiras décadas do século XX. Sob a liderança de Floro Bartolomeu e do padre
Cícero Romão Batista, um exército de jagunços derrotou as forças do governo
federal, depondo Franco Rabelo. Após a revolta, padre Cícero sofreu retaliações
políticas, permaneceu como eminência parda da política cearense por mais de uma
década e não perdeu sua influência sobre a população camponesa.
Com o intuito de conter seus opositores, o
presidente Hermes da Fonseca criou a política das salvações que consistia em
promover intervenção federal nos estados evitando que oposicionistas fossem
eleitos para o governo estadual. O marechal Hermes da Fonseca decidiu intervir
no estado do Ceará com objetivo de neutralizar o poder das oligarquias mais
poderosas da região, que estavam sob controle do senador gaúcho José Gomes
Pinheiro Machado, um político com muita influência sobre os coronéis do Norte e
Nordeste brasileiro.
Eleito intendente (prefeito) de Juazeiro
em 1911, padre Cícero envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca
para manter no poder regional a família Acioly. Em 1912, a interveção federal
no Ceará derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o
coronel Marcos Franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de
vice-governador, na qual padre Cícero Romão Batista foi eleito, acumulando
também o cargo de intendente de Juazeiro do Norte. Naquela época, o padre
Cícero já era conhecido no sertão nordestino por ser considerado um homem santo
e "fazedor de milagres". Chamavam-no de "Padim Ciço".
Em 1914 Franco Rabelo rompeu com o Partido
Republicano Conservador (PRC), e iniciou uma perseguição a Padre Cícero,
destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O deputado federal Floro Bartolomeu,
aliado de Pinheiro Machado, montou um batalhão para defender Padre Cícero, seu
amigo pessoal. O grupo era formado por jagunços e romeiros, era a união da
força de Floro com o carisma de Padre Cícero.
Quando os soldados de Franco Rabelo
chegaram a Juazeiro do Norte se depararam com uma situação inusitada: em apenas
uma semana, os romeiros cavaram um valado de nove quilômetros de extensão
cercando toda a cidade e ergueram uma muralha de pedra na colina do Horto. A
fortificação recebeu o nome de "Círculo da Mãe de Deus". O batalhão,
ao ver que seria impossível romper o círculo, recuou e pediu reforços.
As forças estaduais retornaram à cidade do
Crato e pediram reforços para destruir o Círculo. Franco Rabelo enviou
mais soldados e um canhão para invadir Juazeiro do Norte. No entanto, o canhão
falhou e as forças rabelistas foram facilmente derrotadas pelos revoltosos.
Após expulsar os invasores, Floro
Bartolomeu parte para o Rio de Janeiro a fim de conseguir aliados. Os
revoltosos seguem para Fortaleza com o objetivo de derrubar o governador.
Na capital federal, Floro consegue o apoio
do senador Pinheiro Machado. Quando as forças juazeirenses chegam a Fortaleza,
uma esquadrilha da Marinha impôs um bloqueio marítimo na orla fortalezense.
Cercado, Franco Rabelo não teve como reagir e foi deposto.
Hermes da Fonseca nomeou interinamente Fernando
Setembrino de Carvalho, enquanto novas eleições foram convocadas. Benjamin
Liberato Barroso foi eleito governador e Padre Cícero vice novamente.
Ao fim dos anos 20, o padre Cícero começou
a perder a sua força política, que praticamente acabou depois da Revolução de
1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.
Um fato notável é o encontro de Padre
Cícero Romão Batista com Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Lampião era
devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se
encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926. Naquele ano, a Coluna
Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil
desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões
Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes
arregimentavam cangaceiros.
Existem duas versões para o encontro. Na
primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado
Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca,
anistia de seus crimes e a patente de Capitão. Na outra versão, defendida por Lira
Neto e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem
que padre Cícero soubesse.
O certo é que ao chegarem em Juazeiro,
Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero
aconselhá-los a abandonar o cangaço. Como Lampião exigia receber a patente que
lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público
federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a
partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando
deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
Maria de Araújo passou os últimos anos de sua vida
enclausurada até falecer em 1914. Em 1931, seu túmulo que ficava na Igreja de
Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro em Juazeiro foi violado e seus restos mortais
foram saqueados e nunca mais encontrados. Tal fato entristeceu em demasia Padre
Cícero, porém quando o Padre Cícero morreu o Povo o seputou na mesma Igreja na
qual havia sido sepultada Maria de Araújo. O padre Cícero faleceu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934, aos 90
anos.
Por alta estima do povo, foram doados ao
padre Cícero Romão Batista, várias glebas de terra, gado, diversos imóveis e
inúmeros bens. Todos os seus bens foram doados à congregação Salesiana, antes
de sua morte com o objetivo de construir um hospital e uma faculdade na cidade
de Juazeiro. Morreu pobre, com uma batina surrada, carregado pelo Povo.
Em março de 2001, foi escolhido "O
Cearense do Século" em votação promovida pela TV Verdes Mares em
parceria com a Rede Globo de televisão. Em julho de 2012, foi eleito um dos
"100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso
realizado pelo SBT com a BBC.
Se Deus quiser haveremos de ver O Padre
Cícero Canonizado, isto é, proclamado santo pela Igreja Católica, para a honra
e a glória de Deus.