José Everaldo Rodrigues Filho

Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará.

Bacharelado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Mestrado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Laureado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma

Bacharel em Direito e Advogado OAB-AL 13960


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

COLONIZAÇÃO IDEOLÓGICA NOS CINCO CONTINENTES



O Santo Padre, o papa Francisco, aos 27/08/2015 denuncia a “colonização ideológica”: "Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na África, em alguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas - digo-a claramente por 'nome e sobrenome' - é a ideologia de gênero (gender). Hoje às crianças - às crianças! na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo. E por que ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que lhes dão dinheiro" (Discurso aos Bispos da Polônia, 27.08.2015).

A ideologia de gênero quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo.

Muitos autores preferem chamá-la de Ideologia da Ausência de Sexo, é uma crença segundo a qual os dois sexos — masculino e feminino — são considerados construções culturais e sociais, e que por isso os chamados “papéis de gênero” (que incluem a maternidade, na mulher e paternidade, no homem), são construções da sociedade “machista”, cujo objetivo é destruir a igualdade de todo o ser humano. Em outras palavras é fruto da cultura ocidental marcada pela influência judaido cristã.

A religião judaico cristã é a culpada de impor aos seres humanos estes dois tipos de gênero – homem e mulher – e, a única forma de se libertar desta opressão é desconstruir o ideótipo dos dois gêneros e propor a sociedade uma pleno direito de escolha.

A feminista norteamericana Gloria Steinem queixa-se da "falsa divisão da natureza humana em 'feminino' e em 'masculino' (sic). A escritora francesa Simone Beauvoir pensou a gravidez como “limitadora da autonomia feminina”, porque, alegadamente, “a gravidez cria laços biológicos entre a mulher e as crianças, e por isso, cria um papel de género”. Defende-se a ideia segundo a qual não existe apenas a mulher e o homem, mas que existem também “outros gêeros”; e que qualquer pessoa pode escolher um desses “outros gêneros”.

A deputada holandesa Kartika Tamara Liotard, propôs ao parlamento Europeu uma norma diretiva para todo o continente, para que em toda a Europa fossem proibidos a menção dos gêneros masculino e feminino, tanto nos meios de comunicação social como nos sistemas de educação. Aliás na Holanda já se legalizou a Eutanásia e está em vias de legalizar a pedofilia.

Na Holanda já se fala de 38 gêneros: homossexuais, lésbicas, andrógenos, bi-gêneros, mulheres para homens e homens para mulheres, gênero-variáveis, gênero-queers (construção social), intersexuais, nenhum gênero, assexuais, não-binários, pan-gêneros e pansexuais, transmachos, transhomens, transfêmeas, trans-mulheres, transhumanos, transcompartilhados, transfemininos, transssexuais, interfêmeas, intermachos, interhomens, intermulheres, inter-humanos, intergêneros, intersexuais, duogêneros, andrógenos, hermafroditas, dois espíritos, três gêneros, quatrigêneros, travestis, crossgênero, gênero Nulo.

Segundo a socióloga alemã Gabriele Kuby: “A Ideologia de Gênero é a mais radical rebelião contra Deus que é possível: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: 'Eu decido! Esta é a minha liberdade!' — contra a experiência, contra a Natureza, contra a Razão, contra a ciência! É a perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a família e a nação. É uma ideologia diabólica: embora toda a gente tenha uma noção intuitiva de que se trata de uma mentira, a Ideologia de Género pode capturar o senso-comum e tornar-se em uma ideologia dominante do nosso tempo.”

Em Dezembro de 2012, o Papa Bento XVI referiu, num discurso à cúria romana, que o uso do termo “gênero” pressupõe uma “nova filosofia da sexualidade”: “De acordo com esta filosofia, o sexo já não é considerado um elemento dado pela Natureza e que o ser humano deve aceitar e estabelecer um sentido pessoal para a sua vida. Em vez disso, o sexo é considerado pela Ideologia de Gênero como um papel social escolhido pelo indivíduo, enquanto que no passado, o sexo era escolhido para nós pela sociedade. A profunda falsidade desta teoria e a tentativa de uma revolução antropológica que ela contém, são óbvias.

As pessoas [que promovem a Ideologia de Gênero] colocam em causa a ideia segundo a qual têm uma natureza que lhes é dada pela identidade corporal que serve como um elemento definidor do ser humano. Elas negam a sua natureza e decidem que não é algo que lhes foi previamente dado, mas antes que é algo que elas próprias podem construir.

A ideia bíblica da criação, a essência da criatura humana é a de ter sido criada homem e mulher. Esta dualidade é um aspecto essencial do que é o ser humano, como definido por Deus. Esta dualidade, entendida como algo previamente dado, é o que está a ser agora colocado em causa.

Quando a liberdade para sermos criativos se transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós próprios, então é o próprio Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no âmago do seu ser.

A Ideologia de Gênero é uma moda muito negativa para a Humanidade, embora se disfarce com bons sentimentos e em nome de um alegado progresso, alegados direitos, ou em um alegado humanismo. Por isso, a Igreja Católica reafirma o seu assentimento em relação à dignidade e à beleza do matrimônio como uma expressão da aliança fiel e generosa entre uma mulher e um homem, e recusa e refuta as filosofias de gênero, porque a reciprocidade entre o homem e a mulher é a expressão da beleza da Natureza pretendida pelo Criador.”

Em 2011, um documentário transmitido em rede nacional na Noruega abalou a credibilidade dos defensores da ideologia de gênero nos países da Escandinávia. A medida veio após a exibição, em 2010, do filme “Hjernevask” (“Lavagem Cerebral”), que questionava os fundamentos científicos dessas teorias – que, de fato, não passam de teorias sem comprovação empírica.

Na Noruega, o documentário gerou intenso debate público sobre essa ideologia, que, mundo afora, Brasil incluso, vem sendo imposta de modo quase inquestionável por programas governamentais amparados em vasto respaldo midiático.

A produção do sociólogo e ator Harald Eia, comediante e sociólogo noruegues, que contrapõe as afirmações dos defensores da teoria de gênero com outras de estudiosos das neurociências e da psicologia evolutiva. Enquanto os teóricos do gênero afirmam que não há fundamento biológico nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres e que elas se devem meramente a construções sociais, os outros cientistas mostram resultados de testes empíricos que constatam diferenças inatas nas preferências e comportamentos de homens e mulheres.

Os estudiosos das neurociências admitem que a cultura exerce influência nos comportamentos, mas demonstram que os genes são determinantes para algumas condutas. Já os teóricos do gênero afirmam que “não veem verdade” nas pesquisas dos neurocientistas, embora toda a base dos seus estudos de gênero seja apenas teórica e não empírica.

No vídeo, a “filósofa do gênero” Catherine Egeland, uma das entrevistadas, chega a afirmar que “não se interessa nem um pouco” por esse tipo de ciência e que “é espantoso que as pessoas se interessem em pesquisar essas diferenças” (!)

O Conselho Nórdico de Ministros, que inclui autoridades da Noruega, da Suécia, da Dinamarca, da Finlândia e da Islândia, determinou a suspensão dos financiamentos até então concedidos ao Instituto Nórdico de Gênero, entidade promotora de ideias ligadas às chamadas “teorias de gênero“. Este Instituto recebia por ano 56 milhões de Euros por ano, isto é cerca de 220 milhões de reais por ano para promover campanhas mundiais de dissiminação da ideologia de gênero.

No documentário, Eia, com sua equipe de filmagem, faz algumas perguntas simples aos mais importantes pesquisadores sobre “Gênero” do NIKK. Depois, entrevista os mais importantes cientistas no Reino Unido e Inglaterra. Harald mostra a todos os cientistas as respostas fornecidas por seus colegas. Eia mostra em vídeo como as afirmações das autoridades nórdicas em Gênero, que orientam as dispendiosas políticas de igualdade, causam espanto na comunidade científica – principalmente porque fica explícito como os pesquisadores de gênero baseiam suas afirmações nas suas próprias teorias, sem fundamentação em pesquisa empírica. Harald então volta a Oslo e mostra as gravações aos pesquisadores do NIKK. Acontece que, diante de pesquisas científicas empíricas, os “Especialistas em Gênero” não conseguem defender suas teorias perante a dados reais.

Após o vexame da exposição pública da farsa que são as pesquisas de gênero, as pessoas começaram a fazer perguntas. Afinal, são 56 milhões de euros do dinheiro dos impostos usados para patrocinar as “pesquisas” de ideólogos de gênero sem qualquer credenciamento científico exceto o fornecido por eles mesmos.

O documentário é feito por algumas perguntas honestas, simples e objetivas, feitas por um sociólogo e comediante sinceramente interessado em desvendar o “Paradoxo da Igualdade de gênero”. Mas isso foi suficiente para mostrar que todo celebrado edifício da “Teoria de Gênero” não conta com alicerces, mas sim com a exploração da ingenuidade pública. Quiçá essa lição seja aprendida por mais pessoas em outros países, outros continentes e na ONU, onde essa ideologia é acalentada pela conveniência para os ocupantes dos gabinetes prestigiosos.

O documentário completo de Harald Eia é intitulado de “hjernevask” (“Lavagem cerebral” em norueguês).

A Criação de uma Sociedade de Pervertidos

            O grande risco da ideologia de gênero é a construção de uma sociedade de pervertidos. A perversão é um desvio de comportamento, popularmente, o termo é utilizado para indicar uma espécie de "depravação sexual. A perversão estrutura-se sobre uma vontade de transgredir a ordem natural das coisas, de perturbar a norma social. A pessoa perversa busca o prazer continuamente, tanto em seus comportamentos como em suas fantasias. Normalmente, este desvio de comportamento começa a se estruturar ainda na infância, se desenvolvendo na fase adulta. Os sintomas podem variar de acordo com o paciente. Normalmente, a pessoa perversa é manipuladora, impulsiva, sedutora e se sente superior. Mentiras e transgressão das normas fazem parte da rotina e não há sentimentos de culpa. Os perversos desejam poder e podem adotar práticas sexuais entendidas como "desvios".

Antes de Freud estudar esse conceito, a palavra perversão era tida como algo pejorativo, doença, censura, como algo de desordem orgânica e anormal. A medicina da época tratou a perversão como uma forma de degeneração do sistema nervoso.

A sexualidade era vista somente como modo de reprodução, portanto, toda manifestação sexual que não tivesse o objetivo de reprodução, era vista como patológica, já que colocaria em risco a preservação da espécie e a procriação.

A partir de Freud (1905) a perversão adquire um aspecto diferente, tendo em vista que irá fazer parte da sexualidade infantil, que possui várias formas de obtenção de prazer.

Após as ideias de Freud, Freud institui uma distinção entre as inversões e as perversões. Para buscar prazer o ser humano pode ser condicionado a perverter os padrões morais da sociedade. Tal situação começa com a chamada “angustia da castração”, isto é, quando alguém é bloqueado por alguém na obtenção do prazer e para se defender da repressão, o agente cria um mecanismo de desvio da “angustia da castração”. Isto é, para satisfazer seu desejo de obter prazer e aliviar a dor de sua angustia o agente cria um atalho que é a perversão.

Freud trata da perversão como desvio da conduta sexual. Assim, toda criança, ao autossatisfazer-se sexualmente, poderia ser considerada perversa. O sujeito de estrutura perversa mantém-se, contudo, excluído do Complexo de Édipo e da alteridade, passando a satisfazer sua libido sexual consigo mesmo, sob caráter narcísico. Tal estrutura dá-se por meio de uma fixação num desejo irresistível e numa fixação compulsiva.

Alguns exemplos que podemos destacar na nossa sociedade: Gravidez na adolescência: A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%), seguido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região Sul (62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%). Hoje há um estímulo compulsivo a busca do sexo o mais rápido possível, na fase da adolescência e infância.

Não há números oficiais do governo federal, dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo acusam que as ocorrências de sífilis por transmissão sexual cresceram 603% em seis anos. Em outros estados, o panorama não é menos preocupante. Em 2013 e 2014, Acre, Pernambuco e Paraná registraram crescimento de 96,1%, 94,4% e 63,1%, respectivamente. Os casos de grávidas com a infecção pularam para mais de 1000%.

Há um estupro no Brasil a cada 11 minutos. Mais de 350 mil divórcios no Brasil. O alto índice dos Suicídios no Brasil, 11 mil pessoas em média tiraram a própria vida por ano. É a quarta maior causa de morte de brasileiros entre 15 e 29 anos, informam dados inéditos do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (21). Entre 2011 e 2015, o número de suicídios cresceu 12%.